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23/07/2006
A ponte do equilíbrio
No mar agitado da existência, há uma estrutura do ser humano, que se chama Personalidade. É uma estrutura que balança face aos obstáculos com que nos deparamos no dia a dia. Na vida, no mundo ou mesmo no Eu temos que ter......equilíbrio! Nos extremos, seja em que situação for, estamos sempre a correr riscos. Os riscos dos extremos, seja no ponto de vista físico, mental ou espiritual, está em se perder a noção do senso, a noção da necessidade e a noção da verdade.
O sentido de equilíbrio, seja nos pensamentos, seja nas sensações leva facilmente ao desequilíbrio. E o desequilíbrio....é a doença!
Quando partimos para o desequilíbrio...estamos a caminhar para a não verdade, para a não vida....em qualquer situação ou acontecimento.
Não pensarmos só em nós, nem pensarmos só nos outros; não vivermos só para nós nem só para os outros; não querermos só para nós, nem só para os outros.
A vida é feita de um equilíbrio...em tudo o que pensamos e em tudo o que vivemos e sentimos!
A vida é ela mesmo uma ponte, que só pode ser atravessada correctamente se tivermos o sentido do equilíbrio.
Nem tudo, nem o nada!
Nem só pensamentos positivos, nem só pensamentos negativos!
Nem só emoções positivas, nem só emoções negativas!
Temos que sentir e conhecer os extremos para nos apercebermos de que a verdade está no equilíbrio.
O equilíbrio entre o dar e o receber!
O equilíbrio entre os dois extremos.....
Só através do equilíbrio conseguiremos ter a estrutura necessária para caminharmos e ao cairmos na dura caminhada que é a vida e o crescimento do ser humano.
O equilíbrio é necessário. O equilíbrio é fundamental...
Entre o tudo e o nada existe.....felicidade!
23/07/2006
Desejo ... ter e ser ...
A leme de orientação na nossa caminhada segue pontos de demarcação importantes nas nossas decisões.
Posso mesmo dizer que são os elementos que ofuscam essa mesma caminhada, se não controlados: o desejo...os desejos...
O desejo de ter isto ou aquilo...o desejar!
Desejamos ter mais...muito mais...do que necessitamos!
O desejo que nos orienta, na maioria das vezes, para um rumo completamente diferente.
O desejo, que devidamente controlado, pode ser uma mola propulsora da motivação e da perseverança...
O desejo de ser....
Mas, não controlado, o desejo pode levar a situações limite da nossa consciência, em que ultrapassamos facilmente o limiar do EU, não EU.
O desejo de boa comida, se não controlado, levará facilmente a obesidade. O desejo de comprar e comprar mais, levará facilmente a situações de dificuldade económica.
O desejo de estar onde não se está; o desejo de ser...o que não se é; o desejo de ter o que não se tem...
O desejo tem que estar indissociavelmente ligado à simplicidade e ao amor. Um desejo sem estes 2 factores está sempre ligado à frustração, à inveja e à ausência de um caminhar para algum lado...
Desejo só por desejar...é ter, só por ter; é ser, sem ser...
Um desejo realista...um desejo de acordo com as nossas linhas de conduta e orientação...
Desejar, mas saber controlar o desejo, é acima de tudo, saber desejar
Quem somos nós...estará muito na medida dos nossos desejos!....
17/07/2006
O nosso caminho é feito de escolhas e não da sorte
A nossa vida é basicamente um caminho, com imensos cruzamentos, com mais ou menos obstáculos, com imensos precipícios… Ao longo deste caminho, teremos que perceber a sua finalidade. Ao longo deste caminho teremos que perceber o porquê da nossa existência. Ao longo deste caminho encontramos pessoas e situações, que não nos surgem por acaso, nem tão pouco dependerá da sorte ou do azar...
O objectivo básico da vida é certamente a evolução como seres humanos; o percebermos que está mais, muito mais para além do obvio, do fácil, do material. Certamente que este crescimento do ser humano corresponde a uma percepção dum equilíbrio entre o aspecto material, mental e espiritual. A vida é basicamente um equilíbrio; a vida é basicamente a percepção de todos os nossos componentes, num equilíbrio que permita a tal paz interior...o tal momento mágico da existência, ser feliz!
As situações e as pessoas que vamos encontrar nesta caminhada terão uma importância maior ou menor; em face dessa importância, iremos caminhar mais rápido ou mais lento nessa evolução, ou mesmo retroceder. Todas as pessoas ou situações com que deparamos terão certamente um significado, terão mesmo uma razão de ser! Basicamente estamos cá para aprender, para crescermos e evoluirmos ou não. Se percebermos a importância dessas pessoas ou situações, boas e más, na nossa evolução teremos evoluído humildemente mais e mais....
São essas pessoas e situações que nos irão permitir efectuar as escolhas, as decisões face aos diferentes cruzamentos com que nos deparamos...Essas pessoas ou situações não são sorte ou azar, essas pessoas são "a matéria " que nos é oferecido para podermos evoluir!
03/06/2006
Porque não a humildade ...
Porque razão querer mostrar que temos o que não temos?
Porque razão querer mostrar ser o que não somos?
A simplicidade e a humildade são a base, os verdadeiros alicerces, do estudo da personalidade bem estruturada e a evoluir...
A noção de que somos humanos e, por consequência, falíveis! A noção de que somos humanos e, como tal, não somos perfeitos! A noção de que somos humanos e, por inerência, frágeis!... Por mais que queiramos mostrar que somos fortes e inquebráveis....lá no fundo, a sós, em diálogo connosco próprios, temos a noção de que somos muito frágeis....e que abanamos duma forma mais intensa ou menos intensa, perante as circunstâncias adversas da vida.
Por muito que pensemos que, no contexto em que estamos inseridos, somos alguém com fama, com dinheiro e com uma determinada posição na hierarquia social...a sós, sabemos que somos frágeis....ás vezes, muito frágeis e inseguros.
Por mais pedantes, arrogantes, prepotentes, autoritários que sejamos...lá no fundo...não somos nada disso, somos nós próprios...somos humanos...
Se connosco próprios assumimos que somos frágeis, porque razão...não assumimos essa atitude perante os outros? Porque razão queremos mostrar algo que não somos?..É apenas o reflexo da nossa insegurança e da nossa imaturidade....e da nossa pouca evolução como seres humanos...
Penso que a humildade está na razão directa da evolução como seres humanos...
Os seres humanos que vestem a sua própria humildade são os seres humanos que estão mais evoluídos, são os seres humanos que estão no caminho correcto...
Evolução...é ser humilde, não colocar máscaras, mas apenas e somente…ser aquilo que somos e aquilo que temos ...um frágil ser emocional...inerente ao próprio ser humano.
21/05/2006
As pessoas mudam ...
Tudo muda! As pessoas mudam! Este momento é diferente do momento seguinte.
A vida flúi como as águas de um rio. Como disse Heraclito, ninguém consegue banhar-se no mesmo rio 2 vezes. No momento seguinte, as águas são diferentes: o rio é diferente!
A vida flúi...Nós fluímos!
O contexto é diferente no momento a seguir!
Carregamos uma mochila de experiências e de conhecimento. No momento a seguir a nossa mochila de caminhante já carrega algo mais, uma experiência diferente, um tempo após.
As pessoas mudam...num processo de crescimento constante visando a evolução como ser humano. Nós somos aquilo que construímos em nós próprios.
No processo de construção interior encontramos a participação do exterior (meio ambiente e outras pessoas) e, essencialmente, a autoconstrução interior.
Nós auto construímo-nos pouco a pouco, evoluímos pouco ou muito...mas, essencialmente, mudamos!
E o facto de mudarmos...é bom!..É um processo essencial na evolução como seres humanos.
Mas esta mudança é, no entanto, um processo desconhecido da maioria das pessoas. Ou então, preferimos não constatá-lo!
Mas a negação desta mudança pode ser prejudicial nas relações interpessoais. Frequentemente encontramos pessoas a dizer: tu não és a mesma pessoa com quem casei ou que conheci há anos!
Certamente que não! Mas a pessoa que conhecemos também não é concerteza!
Todos mudamos! Há pessoas que evoluem mais ou menos, mas, acima de tudo, todos mudamos!
Ninguém permanece numa ilha deserta no mar da vida!
As pessoas mudam e devemos perceber isso! Devemos perceber a constância desta fluidez...e devemos adaptarmo-nos a este aspecto da vida.
Deste modo as relações a dois saberão evoluir com esta fluidez constante. Ninguém deverá e poderá ver no outro ser humano...aquela outra pessoa que conhecemos há 30-40 anos. Essa pessoa evoluiu certamente...como ela!
E o facto de mudarmos, não quer dizer que seja necessariamente para pior! Apenas quer dizer...que mudámos!
Para que uma relação interpessoal evolua, necessariamente, que as pessoas terão que perceber a fluidez da vida, a mudança intrínseca a todos nós...e a adaptação a essa mesma mudança!
26/03/2006
Viver com medo ou viver em amor ...
Por medo, desistimos da felicidade! Por medo, não investimos no desconhecido, mesmo que nos pareça...o caminho certo!
Temos basicamente medo do desconhecido. E não arriscamos; e não investimos, porque preferimos a pseudo segurança que temos; e não investimos no desconhecido, porque achamos que estamos numa determinada segurança (económica, social, familiar, profissional) e que isso é o bastante para sermos felizes!
NÃO! A pseudo segurança nunca é o caminho certo! O caminho certo é a via do amor! Sem amor na vida, nunca poderemos ser felizes! Sem o aroma do amor, a flor da felicidade não existe!
E é pseudo segurança porque mais tarde, inevitavelmente, perceberemos que não é! Afinal não estamos seguros emocionalmente; afinal não estávamos seguros financeiramente, nem tão pouco socialmente.
Acima de tudo, ao escolhermos a pseudo segurança estamos a esvaziarmo-nos de conteúdo! Estamos a criar um vazio e a inundarmo-nos de uma não vida!
Quando fazemos o balanço...sentimos o vazio!....e o amor...não está lá!
Onde está o vazio, não está o amor...e vice-versa!
Porque preferem os seres humanos viver em pseudo segurança...em vez de viver o amor?
Se a pseudo segurança leva inevitavelmente ao vazio, porque razão não optamos pelo amor, mesmo sabendo que podemos sofrer?
E o medo de sofrer é o vazio mais invocado para não se viver o amor, não é? Será de respeitar a decisão! Mas.....a pseudo segurança e o vazio não são a certeza, em 100% dos casos de, quando feito o balanço da vida,....da não felicidade?
Porque razão não escolhemos o amor quando ele é possível? E é tão difícil encontrar o amor, o verdadeiro amor!
Porque razão o rejeitamos quando ele surge? Porque razão temos medo do amor? Porque razão temos medo da felicidade? Todos os mestres espirituais são unânimes em dizer....ARRISQUE! SEJA FELIZ! Viva o amor!
Se vier a sofrer, viveu o que outros nunca sentirão!
Se vier a sofrer,...um dia foi feliz!
E pela pseudo segurança...nunca será feliz!
Pelo medo...nunca será feliz...e pelo amor será feliz, ou por um momento, ou pela vida toda! Atingirá a plenitude!
25/03/2006
Ter paciência para ...
Vencer! No Eu, na profissão, na vida!
Ter paciência para ser feliz! A capacidade de dominarmos a nossa impaciência, que é manifesta por ansiedade, inquietação e medo, é o critério básico para vencermos!
Um dos maiores erros na vida...é termos pressa de conseguirmos aquilo que desejamos!
Ter pressa para....
Ter medo de não conseguirmos atingir os nossos objectivos é a peça que falta na espiral da Felicidade. Nós estamos programados para não conseguirmos a Felicidade, contrariamente ao que pensamos!
Temos é que lutar para vencer os obstáculos que se nos deparam! E a vida é apenas isto, ultrapassar os obstáculos para sermos felizes!
E os maiores obstáculos estão dentro de nós próprios!
A impaciência é um elemento do EU! A paciência cultiva-se e trabalha-se! Trabalha-se diariamente!
Ter paciência para encontrar amigos; ter paciência para encontrar o amor...
Um dos maiores erros do ser humano, no campo da relação a dois, é não saber esperar pela pessoa certa e pelo amor! Frequentemente, para não dizer a esmagadora maioria das vezes, as pessoas entram numa relação a dois...gostando apenas, ou porque sente atracção, ou porque tem medo da solidão ou porque tem medo da pressão económica e social.
Basicamente...não esperam! E como não esperam, após o período inicial da atracção física, começam a surgir os conflitos e as disparidades ou assimetrias da relação, dos gostos e mesmo das vivências! E surge...a separação!
E porque voltamos a não ter paciência para esperar pela pessoa certa...entramos num período de fragilidade emocional e ainda por cima mais pressa de ser feliz!
E sucedem-se inúmeros casos de relações falhadas!
E quando nos apercebemos, ficamos com a sensação de que....não soubemos esperar!
E a tal pessoa certa, que um dia nos surgiu de repente na nossa vida...acabou por não ter o timming certo!...porque estávamos ocupados num relacionamento que, não era mais, do que o medo da solidão!
Por medo da solidão, ficámos...na solidão!
Na vida, e sobretudo no amor, o saber esperar, o ter paciência....é o segredo dos vencedores!
25/03/2006
Expectativas ...
Porque colocamos expectativas em relação aos outros e em relação à vida?
Os outros são como são, devemos amá-los e aceitá-los como eles são, e não como gostaríamos que fossem....
Duma maneira geral colocamos expectativas demasiadas altas e daí colocarmos uma fasquia muito distante entre o sonho e a realidade.
A realidade já existe! É ela própria! Não é a imagem que sonhamos!
Porquê colocar expectativas tão altas em relação aos outros? Os outros são o que são! Gostamos ou não gostamos! Amamos ou não amamos!
No entanto, queremos manipular! Manipular os outros de modo a que correspondam ás nossas expectativa; manipular os outros de modo a que pretensamente atinjamos o paraíso. Mas o paraíso não existe! O que existe é a paz de espírito! E estar em paz de espírito é conjugar a realidade com o amor!
O paraíso tem a ver com a maneira como sentimos a realidade. Se colocarmos expectativas altas em relação a nós e aos outros e à realidade, estaremos sempre no campo da desilusão e frustração.
Porque não viver a realidade? Porque não mudar a nossa percepção da realidade baseada no sonho e na expectativa que gostaríamos que fosse?
O segredo está mesmo em nós próprios. Na nossa concepção de realidade e na integração dessa realidade com o nosso modus vivendi.
Saber viver é acima de tudo, uma perfeita integração entre o nosso Eu e com os outros e a realidade. Saber viver é aceitarmos os outros como eles são; amá-los ou não amá-los, mas acima de tudo não os modificarmos, nem querermos que eles sejam como gostaríamos que fossem!
Colocar expectativas altas...é viver na desilusão!
A realidade já lá está! Nós é que chegamos a ela!
22/03/2006
Culpa ...
A culpa está baseado no desejo sincero de poder desfazer algo que fizemos ou ter feito algo que não fizemos.
A culpa é a imagem de marca do passado! É o impedimento de poder viver o momento presente, o aqui e agora, com a intensidade e concentração máxima.
Aprendemos a sentir culpa como método de aprendizagem. Desde cedo os nossos pais utilizam a culpa como método de ensino, de modo a que possamos crescer, viver e desenvolver, perfeitamente controlados por eles, e que nos comportemos exactamente como eles querem.
Daí se conclui que quanto mais facilmente culpáveis somos, mais facilmente somos inseguros e fáceis de manipular.
Assim, a culpa não é só uma ferramenta de ensino, mas igualmente de manipulação!
Os princípios, a ética e os valores que os nossos pais nos transmitem são os apropriados para eles. E não terão que ser necessariamente os nossos.
É evidente que as nossas acções provocarão efeitos e repercussões. Mas ninguém pode prever a resposta dos outros seres humanos. Ninguém tem essa capacidade predictiva.
Podemos e devemos sentir que fazemos algo aos outros que gostaríamos de não ter feito. Aí, pode haver espaço a tentar rectificar o que há para rectificar, nomeadamente pedindo perdão ou corrigindo o que há para corrigir. Mas não deve haver espaço para que sintamos culpa pela nossa acção. Fizemos aquilo que deveríamos ter feito num determinado contexto. Se soubéssemos o que sabemos hoje certamente faríamos de outro modo.
Mas, acima de tudo, pensar que as decisões tomadas são as melhores naquele momento. E, além disso, seguir em frente e pensar que o que passou, passou.
Além disso, culparmo-nos não nos ajuda a nós, nem aos outros que eventualmente tivermos prejudicado com a nossa acção.
Uma vez reconhecidos os erros que cometamos, devemos ter presente que foi apenas uma lição, de modo a que não volte a repetir-se e que, deste modo, possamos crescer como seres humanos. Que mais podemos fazer do que aprender com os erros que cometemos.
Tornarmo-nos obsessivos com os nossos erros é apenas uma maneira de sermos miseráveis e diminuir a nossa auto estima.
A culpa, de facto, não serve rigorosamente para nada. É algo que provoca danos mais ou menos graves no plano mental, emocional e físico.
22/03/2006
A Felicidade é ...
A felicidade é um objectivo que procuramos...é um caminho!
A felicidade não é uma meta para onde se caminha, mas uma meta por si mesma!
Todos nós a queremos, mas ninguém sabe como se adquire; todos a queremos, mas ninguém sabe quais são os meios necessários para a conseguir.
Inventam-se teorias, criam-se hipóteses! Apenas se sabe que é um caminho, um caminho que todos nós percorremos. Algo que irá acontecer neste caminho será o responsável pela atitude que teremos ao caminhar. Apenas se sabe que a nossa atitude perante a vida é determinante; apenas se sabe a importância dos pensamentos no binómio emoção-sentimentos.
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