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Dentro de ti a ausência
[ 14/12/2016 ]
Dentro de ti, as palavras aconchegaram as linhas do amor, para deixar o sorriso que responde ao que guia o invisível.
Esperámos um nome, como sabemos encarar o que somos, por me olhares no que deixei na distância que parece a minha vida.
Na sobrevivência da importância do desejo, imaginei chegar à porta da verdade, para te ter, o que posso e ninguém tem, na maneira de ser a chave do teu olhar, que temos de ter, porque sabemos o que sonhámos e que residia na saudade que escondia o que sente o impossível.
Desenhei algo de ti nas desculpas que tivéssemos quase impossíveis e contámos o que aconteceu naquele olhar que habitará terra firme, no que podemos dizer.
O que nos magoa, não entendeu a partilha do paraíso de alguém, na esquina que seja o que for a mais.
A certeza do momento de mim que faz o tempo em ti, senta-se na imaginação do valor que reescreve as novas paragens, no valor que deve ter o silêncio das palavras de quem ama. Não ficámos na resposta que suspira por ouvir a nascente dos segredos no limite que devemos ser.
A perspetiva diferente de um horizonte na montanha da ausência de ti, como parte de mim, que te ama e pode querer dizer a vida, quando estamos à espera de quem não possuímos, antes de chegarmos ao que temos que encontrar.
Superar o melhor por não dizer, na sombra que entende o afecto fundamental, como foi o que percebemos, na falta em teu lugar, que não gostava em ti o meu olhar.
Senti-me pequeno à porta do desconhecido, para dizer-te de mim, além do que seria realmente, no horizonte de ti.
Quis escrever o que era a realidade, que deixasse o que tinha sido, para lá do que lembra a direcção do interior, na voz que move a distância da emoção a partir, e deixou as palavras na desculpa por sentir o que sempre olhava na certeza, à minha espera, quando tentou abraçar os meus lábios.