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O sentido das lágrimas....
[ 20/08/2016 ]
A proximidade que se opõe ao sentido das lágrimas, não aceita o que desejamos de forma incondicional, nem percebe o que perdemos no íntimo que explorámos intensamente.
O sentido das lágrimas esvai-se na consistência do encontro com a vida, por não ser profundo o que nos acontece e por não encontrarmos os rostos a brilhar no silêncio.
Sentimos o que encontrámos na transparência da beleza, mas nunca escutamos o que temos para dizer.
A verdade que é apenas...um ponto de vista. Afinal estava ali, a dizer o que começou em nós e não quisemos aceitar.
A verdade começou na preocupação por não termos e por sermos.....por não pertencermos ao outro eu....de ocuparmos o tempo que nos destinaram.
Não escutámos o coração, não interessava o desejo. A atenção fracassou no que não lhe demos....
Magoámos as situações e as disposições.
Não pudemos ir ao significado das coisas e não tivemos coragem.
Perdemo-nos nas alternativas dissipadas. Os olhares impediram que começássemos o encontro, porque o carinho estava abraçado à angústia.
No encontro com a vida, estava a distinção e a diferença.
Não a vimos!
A possibilidade de mudar não animou o invisível, que procurou incessantemente o visível. Na arrecadação repleta de esforço, o visível não justifica a atitude. A confiança estaria no espaço por fazer e que tivesse.
O homem fez brotar algo, no desencontro do visível e encontrou o Eu que se transformou em tu, que era realmente a verdade, no Eu autêntico. Era mais fácil descartar o invisível.
Será que ainda existe o invisível? Onde?