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Óculos Escuros

O Sol tem efeitos benéficos e maléficos. Como a maioria das coisas ou atitudes, tem que saber dosear-se. Tem muitos efeitos benéficos, como se sabe, e mesmo necessários. O Sol é anti depressivo e tem mesmo efeito anti stress. Regula os nossos ritmos biológicos, cura algumas doenças da pele e, devido ao facto de estimular a síntese de vitamina D, facilita a absorção de fósforo e de cálcio. Até influencia favoravelmente o humor…e mesmo um pequeno raio de Sol. No entanto, os seus raios devem ser consumidos apenas em quantidades moderadas, dado que se não devidamente doseados, podem ter efeitos maléficos. Uma absorção excessiva de raios solares, especialmente em horas de maior intensidade, pode provocar efeitos nefastos, não só na pele, mas também, e sobretudo, nos olhos.

Devido á “luz visível”, além da sensação desagradável de deslumbramento, provoca igualmente uma sensação de ardor e lacrimejo.

Além disso, o Sol também produz raios com comprimentos de onda ultravioletas e infravermelhos.

Os raios infravermelhos aquecem os tecidos, secando a superfície ocular, diminuindo o filme lacrimal e atenuando deste modo o seu efeito protector lubrificante e necessário do globo ocular.

Os raios ultravioletas atravessam os diferentes meios ópticos do olho – nomeadamente a córnea e o cristalino – e atingem a retina. Uma exposição excessiva ao Sol levará, inevitavelmente, a um envelhecimento precoce das células da retina, essenciais á visão. Ou induzirá mesmo a cegueira no caso do olhar directo para o Sol. Atenção ao olhar para os eclipses!

A quantidade de raios ultravioletas que nos atinge, depende da temperatura, da distância do Sol à terra e da composição da atmosfera: camada de ozono, densidade de nuvens e mesmo a poluição. O perigo máximo situa-se entre as 12 e as 16 horas. Mas, alguns raios ultravioletas, nomeadamente do tipo A, os quais são muito penetrantes, estão presentes também no início e no fim do dia.

Outro aspecto é sobre a neve, onde cerca de 80-90% dos raios ultravioletas são reflectidos. Atenção aos praticantes de esqui! E não é suficiente usar apenas óculos escuros! É necessário usar óculos escuros com percentagem elevada de escuro (informação adiante).

A escolha da densidade dos óculos escuros faz-se em função da actividade projectada e, particularmente, do nosso meio ambiente. Tal como para os cremes solares, cada nível de protecção é caracterizado por um índice. E, logicamente, não somos todos iguais perante o SOL.

De facto, se a partir dos 60 anos de idade, os adultos estão particularmente sensíveis à luminosidade, dado que ao opacificar, o cristalino aumenta a difusão dos raios e favorece o deslumbramento , são sobretudo as crianças as mais expostas ao perigo, devido ao facto de não possuírem o filtro para os raios ultravioletas que os adultos têm .  Portanto, o uso de óculos escuros justifica-se mais nas crianças do que, inclusive, nos adultos.

Até aos 10 anos de idade, os meios ópticos são extremamente transparentes. Não há, assim, qualquer tipo de filtro até à retina ( a retina é a membrana interna envolvente do globo ocular, local onde se processa a passagem dum estímulo luminoso em nervoso). Deste modo, as crianças deverão estar particularmente protegidas!

        Mas, como escolher os óculos escuros entre uma variedade imensa de modelos e marcas, de variados formatos e a todos os preços, entre os muitos que nos são apresentados no mercado?

Os bons óculos escuros deverão actuar, não só sobre o deslumbramento, mas também contra os raios ultravioletas e infravermelhos. É assim necessário verificar se eles beneficiam da norma CE, garantindo uma filtração 100% anti-UV, e controlar igualmente, com a ajuda do óptico, que essas lentes nos protegerão suficientemente contra a luminosidade em função do uso aplicado.

Para os raios infravermelhos, não há nenhuma norma legal obrigatória, mas alguns fabricantes indicam a capacidade de absorção das lentes. É, igualmente importante assegurar, que eles não alteram a percepção dos contrastes, nem provocam deformações da visão.

Um aspecto descurado habitualmente é a protecção lateral dos óculos. Quanto mais intensa a luz solar, maior deverá ser precisamente a protecção lateral, um facto que se deverá verificar nos óculos usados na neve.

Em teoria, e de um modo geral, os olhos mais claros serão os que terão mais sensibilidade à luz solar. Mas, na realidade, a capacidade de maior ou menor sensibilidade à luz depende, não só da pigmentação ocular, mas também doutros factores, como: a fadiga muscular, a tensão nervosa ou os defeitos refractivos oculares.

As normas Europeias classificam os óculos escuros em 4 categorias, segundo a percentagem escura apresentada:

·        INDÍCE 4 – Recomendados para actividade de montanha e neve. Interditos na condução.

·        INDÍCE 3 – ideal para os barcos e desportos praticados em condições de grande luminosidade.

·        INDÍCE 2 – condução automóvel, praia, esplanadas

·        INDÍCE 1 – condução automóvel, fraca luminosidade ambiental.

 

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